TDAH e a Alimentação: Existe uma Relação?

Saúde

Estudos apontam que nutrientes certos podem colaborar com o tratamento, mas alertam: alimentação não substitui o acompanhamento médico.

Por Lídia Mota

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) atinge milhões de crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo e ainda gera muitas dúvidas. Com sintomas como desatenção, impulsividade e hiperatividade, o transtorno é multifatorial e precisa de tratamento multidisciplinar. Nos últimos anos, no entanto, a alimentação tem ganhado espaço como aliada no manejo dos sintomas. Pesquisas indicam que corantes artificiais, conservantes e excesso de açúcar podem piorar o comportamento de crianças sensíveis, mas ainda não há comprovação de que o açúcar cause hiperatividade. Em contrapartida, nutrientes como ômega-3, zinco, ferro e magnésio têm sido estudados por sua relação com a saúde cerebral. Baixos níveis desses minerais podem intensificar os sintomas, e a suplementação, sempre orientada por profissionais de saúde, pode ajudar.

Vilões e aliados na dieta

Pesquisas apontam que corantes artificiais, conservantes e excesso de açúcar podem piorar o comportamento em crianças sensíveis. Apesar disso, não há provas de que o açúcar cause hiperatividade. Por outro lado, nutrientes como ômega-3, zinco, ferro e magnésio podem ter papel importante. Baixos níveis desses minerais estariam ligados a maior intensidade dos sintomas do TDAH, sugerindo que a suplementação sempre indicada por profissionais pode ser benéfica.

Equilíbrio é essencial

Dieta baseada em alimentos ultraprocessados e ricos em açúcares simples pode gerar picos de energia seguidos de cansaço, afetando rendimento escolar e concentração. Para nutricionistas, investir em uma alimentação mais natural e variada ajuda, mas não substitui o acompanhamento médico, psicológico e, quando necessário, o uso de medicação.

“Uma dieta equilibrada é uma aliada importante, mas não existe milagre. É preciso orientação profissional para que a alimentação complemente o tratamento, não o substitua”, destaca a nutricionista Ana Souza.

Como montar o prato?

  • Inclua fontes de ômega-3, como peixes de água fria.
  • Varie frutas, verduras e legumes.
  • Evite alimentos ultraprocessados e excesso de corantes.
  • Procure orientação de um nutricionista ou nutrólogo.

Para muitas famílias, investir em uma alimentação mais natural, livre de aditivos artificiais e rica em alimentos frescos, é visto como uma estratégia complementar ao tratamento. No entanto, mudanças significativas na dieta devem ser sempre orientadas por nutricionistas ou nutrólogos, para evitar restrições sem respaldo científico.

Em resumo, ainda que faltem evidências conclusivas de uma relação causal direta entre alimentação e TDAH, cresce o entendimento de que uma dieta balanceada pode contribuir para o bem-estar geral de quem convive com o transtorno. Informação de qualidade, escolhas conscientes e suporte profissional são pontos essenciais para garantir uma rotina mais saudável e um manejo mais eficaz dos desafios impostos pelo TDAH.

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